quinta-feira, 8 de setembro de 2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Discurso da Paraninfa, Bela.


Magnífico Reitor desta Universidade, Professor Doutor Carlos Alexandre Netto, ilustríssimo Professor Doutor Johannes Doll, Diretor da nossa Faculdade de Educação, prezados Colegas homenageados: Professora Doutora Clarice Salete Traversine, Professor Doutor Luís Armando Gandin, Professor Doutor Jorge Alberto Rosa Ribeiro, prezada Funcionária homenageada Elza Lopes Franco, demais integrantes da mesa, senhoras e senhores, queridas afilhadas.

Para esta noite de festa acadêmica, escolhi palavras do coração e da emoção, das boas lembranças peneiradas, com carinho, na memória. Bem assim, como o menino inventado pelo poeta Manoel de Barros, que aprendeu a usar as palavras fazendo peraltagens com elas. Então, neste momento, escolho a palavra alegria, fazendo brotar seus vários sentidos.

Para mim, estar aqui hoje e ser professora desta Universidade Federal, da Faculdade de Educação da UFRGS, é uma grande alegria conquistada.

Nesta trajetória, sinto-me privilegiada por ter aprendido muito sobre os meandros do ensino, da pesquisa e da extensão; sobre relações democráticas pautadas no respeito à pluralidade de ideias, às diferenças; sobre a importância da humana docência, sobre as complexidades que constituem a educação em suas múltiplas facetas.

Sinto-me feliz, também, por aprender com os diversos grupos de colegas, dos quais vamos fazendo parte, ao longo da experiência docente, por meio das trocas de conhecimentos, das parcerias e do amparo generoso no momento preciso. Temos neste coletivo intelectual e afetivo aulas primorosas de humanidades: aulas com o sabor das inquietações sempre presentes e imprescindíveis no campo da educação.

E a alegria maior? Digo que é aprender, todos os dias, com meus alunos. Eles tornam vivo o currículo do curso! Assim como um belo livro, esperam, a cada encontro, nossa leitura cuidadosa e curiosa sobre suas perguntas. São os nossos “livros-jovens”, abertos, coloridos, brincantes, silenciosos, pensantes. Aguçam nossos sentidos, suspiros, desejos. Desejo é o que nos invade em dado momento, nos acarinhando, fazendo nascer vontade, agitação, suor, lágrimas, fascínio, risos, palavras, imaginação, encanto. São esses os sentimentos que nos fazem reinventar a obra da sala de aula, mostrando que aprender é olhar na mesma direção, vendo coisas diferentes. Ensinar, para mim, é isso. Implica este grande desejo!

Dessas alegrias com as quais a vida tem me presenteado, destaco ainda as extraordinárias aprendizagens com as crianças das escolas; em cada visita elas me ensinam a pensar, a estudar mais para compreender suas diferenças e a concretude da palavra inclusão; elas me fazem rir e chorar com suas histórias comoventes de dores e contentamentos; com suas perguntas e respostas certeiras; com seus bilhetes cheios de desenhos coloridos e de escritos com palavras meigas, mágicas e capetas; com suas bolachas singelamente ofertadas, com seus beijos lambuzados e doces.

Mas, as crianças e os jovens dessas salas de aula são ensinados por professoras e professores. E hoje, em especial, quero saudar e homenagear esta inesquecível turma de professoras, minhas queridas afilhadas.

Lembrarei sempre das aulas de linguagem e das orientações do estágio, manhãs densas, suaves, intensas, movimentadas e enriquecidas: pelas constantes perguntas da Manuela, pelos seus relatos vibrantes; pelo comprometimento alegre do trio Amanda, Datiele e Débora; pela resistência acalorada e profícua da Laura e da Bruna; pelas dúvidas e autocríticas, com discernimento, da Catarina e da Lívia; pelo olhar sensível da Ana Cristina Vidal, da Alice e da Sandra sobre as coisas deste mundo; pelo vigor intelectual da Ângela, da Clarissa e da Juliana Sicco; pela riqueza pedagógica das aulas da Ligiana e da Priscila; pela presença discreta e sempre atenta da Adriana, da Patrícia e da Carla;pela coragem da Denise de mudar o rumo das coisas; pela vivacidade curiosa e lúdica da Cristine; pelos textos altamente profundos e poéticos da Ana Cristina Franz; pelas grandes explosões e paixões da Gabriela pela Alfabetização. Aqui lembro, com igual entusiasmo, de formandos/afilhados que, por suas razões e convicções, optaram por outra modalidade de colação de grau: não posso deixar de mencionar minha sintonia com a Juliana Mesomo, com o Tiago Cortinaz e com a Manoela Sefrin.

Vocês todos, exatamente como o menino do poeta Manoel de Barros, produziram suas aulas gostando mais do vazio do que do cheio, porque descobriram que os vazios são maiores, instigantes, delicados, necessários e infinitos. Fizeram peraltagens brilhantes com seus planejamentos diários; modificaram o cenário das manhãs, tardes e noites no espaço escolar onde estiveram.

Por isso, o menino que não escrevia nada no caderno passou a escrever nele; por isso, dois meninos, mesmo sendo muito levados, tiveram permissão para fazer o passeio com a escola; por isso, as crianças ficaram conhecendo a história do banho em outras culturas; o motivo pelo qual a cor laranja tem esse nome; por isso, também, aprenderam a formar e conviver nos grupos áulicos; inventaram bichos e coisas que não existem; escreveram biografemas e apimentadas lendas urbanas, e descobriram, ainda, que o corpo é muito mais do que um corpo biológico, que tudo funciona no mundo em uma rede de relações. Essas, entre tantas outras, são pequenas fotografias de suas obras, minhas queridas, construídas, com desejo, cheiro, ética, competência e amorosidade.

Agradeço a vocês por tudo isso, por esse tempo maravilhoso de convivência. Agradeço, também, com a mais profunda emoção, a distinção que me concederam: paraninfa da turma. Não há homenagem maior a um professor do que o reconhecimento dos seus alunos.

Assim como a mãe do menino do poema, que o reparava com ternura, digo como ela: sigam! Estarei reparando vocês... Sigam aprendendo e ensinando com desejo. Se tiverem mais desejo, voltem para fazer o curso de Especialização em Alfabetização e letramento que estamos planejando para 2012. Continuem enchendo vazios com seus estudos. E seus alunos, crianças jovens e adultos, assim como eu, vão amá-las por causa deste cismado propósito. Parabéns aos pais dessas valorosas professoras! Que a sociedade (ainda que tardiamente) decida reconhecê-las como realmente merecem.

Queridas afilhadas (e afilhado): Para vocês: meu bem querer eterno! Que Deus os abençoe.

sexta-feira, 8 de julho de 2011


Agora é oficial,
FORMANDAS!
Parabéns a todas pelos sucessos nas apresentações!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

MÚSICAS!!!

Em reunião extraordinária, via msn, nos reunimos para escolher as músicas de entrada e saída das formandas.
Estavam presentes: Amanda, Ana Cristina Franz, Angela, Bruna, Clarissa, Cristine, Datiele, Débora, Gabriela (via telefone), Juliana e a Catharina mandou suas sugestões através da Débora.

Músicas escolhidas:
Para quem não conhece, vale ler as traduções. Links seguem abaixo dos vídeos.

ENTRADA:

http://www.vagalume.com.br/katy-perry/firework-traducao.html